Hoje é um daqueles.
Daqueles dias, sabem?
Não pára de chover.
O sol não aparece.
A banana está verde.
O bolo não cresce.
O mano não acorda.
O Tobias ressona.
A televisão não liga.
O computador não funciona.
O sapato não entra.
O cabelo não cresce.
As mãos estão frias.
O chá não arrefece.
O relógio não anda.
O refrão não chega.
Nunca mais chegamos.
E este poema
Que não acaba?
É que nada acontece
Quando é suposto acontecer.
Eu a soprar o chá
E parou de chover.
O rio já corre
O morango aparece
O chá ficou frio
E eu lá fora
A remar até oeste.
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